17 outubro, 2006

Os pássaros cantam na árvore da rua em frente a minha janela, as últimas gotas de chuva escorrem sobre o vidro quase secas, o céu não quer mais pintar-se hoje e permanece cinza pra ilustrar a minha saudade, o som das palavras sendo escritas na máquina de escrever quebram o silêncio triste do espaço externo e interno de mim [vazio].E as músicas que tocaram a tarde toda na vitrola acompanhando o som dos trovões, não foram suficientes pra afastar meus pensamentos de um lugar específico, o que eu espero que a minha pseudo-literatura faça.A campainha toca, meu rosto se veste com um sorriso inevitável.Abro a porta e recebo flores, vinho, chocolates e um coração arrancado de outro alguém.Desmaio.Acordo ainda perturbada e vou pro chuveiro.Quase noite e eu quero a madrugada de novo pra dormir e te ver num outro sonho.Já que hoje você não veio.

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