Um ar nostálgico, uma sede de romances reais, me persegue todas as horas dos meus dias inconsequentes ou por demais verdadeiros.Eu quero fechar os olhos.Eu fecho os olhos e tapo os ouvidos.O mundo não silencia e me sorri sarcástico, me diz o quão idiota sou.Me joga na cara minhas ações impensadas pelo cérebro e sentidas com a alma.Me ensina cada vez mais a ser seca, fria, superficial, desumana...
Ter nascido em outro mês pra obter influências de algum outro signo, menos evasivo, que me trouxesse um pouco de Paz, ser um animal irracional de quatro patas ou uma Bromélia em um jardim talvez livraria-me de minhas angústias e faria-me mais Feliz.
Dispensável.Estou viva com todos meus membros perfeitos [fisicamente], o jeito vai ser carregar a cruz nas costas ou deixá-la cair no chão e ir embora.Pra onde? Se ao menos tivesse a certeza que não será pior de onde estou...iria-me de fato.
Mas por não saber, permaneço aqui e sem mudar.Cubro-me de livros escritos por pessoas geniais com o propósito de fugir um pouco de mim.Quando volto pra cá e reconheço meu quarto pego-me novamente arrependida. E ontem declarei minha paixão como uma cadela no cio pra alguém que não devia e no momento mais inoportuno que se pode existir.
Simplesmente porque não sei ser o que não sou.
Porque a transparência das águas cristalinas me pertence.
Porque estar só me dói...
Porque não sou do tipo de gente que se inspira ao ver sua imagem refletida no espelho.
Porque ela me fez sonhar com tartarugas verdes-amélie-poulain.