28 outubro, 2006

Eu escolho não chorar.Queria poder escolher também o que está por trás do choro. Algumas palavras me cortam como vento frio nos lábios.Me calo.Dói.Não quero incomodar ninguém com o meu gosto amargo, há tempos em que sigo ou não conselhos.Vos digo e sempre o mesmo assunto.Eu mesma já me cansei dos pensamentos iguais e únicos e repetitivos e repetitivos e repetitivos...Eu sei que uma hora passa.É o que dizem.Até lá permaneço assim, completamente enlouquecida de amor [ou seja lá o que isto for] contando quantos dias já se passaram desde o dia doze e vinte um de julho e cinco de agosto.

26 outubro, 2006


Bah! Nada...
E é no nada que eu me perco.

17 outubro, 2006

Os pássaros cantam na árvore da rua em frente a minha janela, as últimas gotas de chuva escorrem sobre o vidro quase secas, o céu não quer mais pintar-se hoje e permanece cinza pra ilustrar a minha saudade, o som das palavras sendo escritas na máquina de escrever quebram o silêncio triste do espaço externo e interno de mim [vazio].E as músicas que tocaram a tarde toda na vitrola acompanhando o som dos trovões, não foram suficientes pra afastar meus pensamentos de um lugar específico, o que eu espero que a minha pseudo-literatura faça.A campainha toca, meu rosto se veste com um sorriso inevitável.Abro a porta e recebo flores, vinho, chocolates e um coração arrancado de outro alguém.Desmaio.Acordo ainda perturbada e vou pro chuveiro.Quase noite e eu quero a madrugada de novo pra dormir e te ver num outro sonho.Já que hoje você não veio.

16 outubro, 2006


Alguém diz pra ela

que ela está tão perto
que pra mim é ontem. . .

Alguém diz pra ela

que minha hora passou
do dia pra noite. . .