21 junho, 2007

Se pudesse lhe daria as costas não a boceta
O teu riso infantil eu rasgava ao meio
depois jogava no bueiro
junto com a mania que você tem de me imitar
e reclamar meu queixo
As tuas mãos mãos eu cortava
pra que elas não tocassem mais meus pêlos
Eu fazia tua barba
e com gilete castrava teu sexo
Te arrancava os olhos
pra brincar de bolinha de gude nas horas vagas
e depois os guardava num potinho
pra vê-los na quando eu bem entendesse
Mas antes te daria uma bebida afrodisíaca
e talvez te escreveria um treco deste

Dançaria no teu colo, blues
Nú, com minha pele te vestia
Só pra lembrar que me comeste toda

Amarga

Doce

Poesia...



Marie

04 junho, 2007

Pra ele...

Quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está por dentro
ou está por fora

Quem está por fora
não segura
um olhar que demora

De dentro de meu centro
este poema me olha

Leminski


"Sou onda do mar

Ele a areia...

E o vento em nós."


Marie