28 fevereiro, 2007

Órion...


Numa cidade na Grécia vivia Hireu, um camponês que habitava uma simples casa de barro. Hireu, assim como seus pais, era imigrante e há tempos atrás haviam chegado à região. Seus pais adquirem um sítio e um touro, para que pudessem arar a terra, plantar e vender alimentos. Num terrível terremoto seus pais morrem e Hireu, ainda jovem assume a terra. Tempos depois ele se casa, apaixonado que estava por uma jovem. Pensava assim constituir família e fazer valer o nome de sua família. Pouco tempo após o casamento um novo terremoto leva sua jovem esposa. Cheio de amargor pela vida, promete nunca mais se unir a nenhuma outra pessoa, enterrando sua mulher amada no fundo do terreno.
Zeus (Júpiter) acompanhado de Poseidon (Netuno) e Hermes (Mercúrio), estavam na Terra e precisavam pernoitar em algum lugar. Zeus ordena a Hermes que procurasse um lugar onde pudessem pousar por uma noite. Hermes encontra a casa de Hireu e comunica aos deuses ter encontrado um lugar ideal. Indo até lá, pedem a Hireu que os acolhesse. Espantado, concorda, temendo negar e enfurecê-los. Para homenagear os deuses, Hireu oferece seu touro em sacrifício. Sensibilizados os deuses permitem-lhe um desejo. Desejando ter um filho para dar continuidade ao seu nome, ele pede um filho. Zeus, Poseidon e Hermes implantam uma gota de sêmen de cada um no couro do touro morto, e fazem Hireu enterrá-lo. Zeus o orienta que esperasse nove meses e seu desejo seria concedido. Após este período, surge, de um terremoto, na cova onde estavam os restos do touro, Órion, o gigante caçador.
Concebido sem mãe e nascido dos restos de um animal, sua alma permanece primitiva, mas com força, velocidade e sentidos aguçados, mas sem sentimentos morais. Estranho que era não tinha amigos, a não ser um certo Enopião, fabricante de vinhos. Certo dia, Órion, animalescamente, estupra a mulher de Enopião, Mérope. Em vingança, Enopião embriaga Órion e vaza seus olhos, tão necessários à sua função de caçador. Passa a errar sem destino, até que encontra Hefestos (Vulcano), que consultando um oráculo, o aconselha a expor seus olhos ao deus Hélios (o Sol) para receber de volta a luz em seus olhos. Pela manhã o deus Hélios aparece no horizonte, que entrega um feixe de raios solares à deusa Aurora que inicia a distribuição sobre a vegetação ainda molhada pelo orvalho. Os raios solares entram nos olhos de Órion e ele recupera a visão.
Com os olhos ardentes de fogo, vê à sua frente a deusa Aurora, que se apaixona e deita com ele. Órion deduz serem as mulheres fáceis e inferiores. Resolve voltar e se vingar de Enopião, mas no caminho encontra Artemis (Diana, a caçadora) e tenta seduzi-la e penetrar em seus mistérios. Na luta contra o desejo de Órion, Artemis bate uma clava no chão lodoso, surgindo das profundezas um animal terrível e venenoso, um escorpião, que persegue Órion. Alcançando-o, desfere uma ferroada em seu coração e o mata. Essa cena é imortalizada no céu na constelação de Órion, tendo ao seu lado o temido escorpião.




27 fevereiro, 2007

Eu me fecho pro mundo em alguns momentos e olho pra dentro da minha carcaça.O que eu vejo além de uma garota com sua cebeleira negra é uma sensação comparável ao som de alguma música que me faz entrar em transe sem ter hora pra voltar ou pra quem.O vazio se preenche e assume formas inesperadas, como se o nada virasse por si só alguma coisa em meus pensamentos mais íntimos.E não reclamo a solidão; ela é pequena como uma célula do meu corpo perto dos meu planos secretos, eu quase não a escuto com os meus agudos sussurros altos.
Eu disfarço sua presença muito bem, como uma presa que não quer ser pega.

21 fevereiro, 2007

"Todos temos por onde sermos desprezíveis.Cada um de nós traz consigo um crime feito ou o crime que a alma lhe pede para fazer..." FP

E não é culpa de ninguém...
São fases, como a lua têm as suas.

12 fevereiro, 2007

É sempre aquilo...minhas confusões mentais e a tal da maldita greve que eu não consigo fazer...e saio por aí com uma violência fodida de rasgar os outros ao meio.