20 março, 2006




Dizem que tô louco
Por te querer assim
Por pedir tão pouco
E me dar por feliz
Em perder noites de sono
Só pra te ver dormir
E me fingir de burro
Pra você sobressair

Dizem que tô louco
Que você manda em mim
Mas não me convencem, não
Que seja tão ruim
Que prazer mais egoísta
O de cuidar de um outro ser
Mesmo se dando mais
Do que se tem pra receber
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê

Dizem que tô louco
E falam pro meu bem
Os meus amigos todos
Será que eles não entendem
Que quem ama nesta vida
Às vezes ama sem querer
Que a dor no fundo esconde
Uma pontinha de prazer
E é por isso que eu te chamo
Minha flor, meu bebê...

19 março, 2006

Don't ever go away...

Ah! take a look and you'll see
The way I have become
And the way things became
Sadness and sorrow are here in all little things you touched with your hands
This loving home was a home
So happy to protect you
And keep you with care
The flowers in the window were smiling, were glowing
Just knowing you were there
Listen my love, never more
Don't ever go away
We are your life and your dream
And we want you to stay
Come in my love, come to me
Don't let this heartless world bring another "good-bye"
Embrace me in a simple way
Don't speak don't remember
And darling don't cry

14 março, 2006



Meus escritos não te dizem Amor ?
Meus olhos podem ...
Por palavra é simples [pouco]
No peito, no corpo, na alma
é indescritível [louco]

Não!
Eu não te presentearei com letras!
Eu farei de mim contigo
minha melhor poesia.


(...)



13 março, 2006

O jeito vai ser cavar um túnel secreto
da tua casa até a minha

Pra vigiar pegadas
saber na calada da noite
onde o gato sai pra catar lixo

Uma puta invenão estúpida
procurar lua durante o dia

Porque não é o medo de te perder pra sempre por qualquer puta por aí
É o de ser esquecida durante segundos no teu horário de almoço
entre um orgasmo oco
e as pernas de uma atriz.
Ontem a noite aderi ao canibalismo e quase comi meus cinco dedos da mão esquerda até chegar ao osso.Estava de saco cheio de te visitar menos que o filhote de gato do vizinho,branco de olhos azuis, que aparecia todas as horas na tua varanda.E o pior além da distância,eram as dezenas de mulheres que te queriam,as putas e as vagabundas, que algumas só existiam na minha cabeça retardada de "moça problemática, possesiva e ciumenta ao extremo" e mesmo que eu soubesse que não havia ninguém ali contigo na cama, eu fechava meus olhos e sentia meu coração ser esmagado por uma daquelas máquinas de se moer carne no açougue.
A gente poderia casar daqui a dez ou vinte anos que durante este tempo eu acordaria todas as madrugadas para escrever aflições como esta sem sentido algum e rezar o terço com novas promessas.O melhor seria fugir antes e não lutar contra os pensamentos que me diziam que o amor é uma droga que eu nunca gostaria de experimentar.Sabe, eu nunca tive quando criança exemplos bacanas de amores verdadeiros, o que eles construíram ou deixaram de construir e não era agora que EU iria mudar algo.
Com sangue entre as cutículas caí no sono decidida a não ter pesadelos, não deveria me ferir e nem precisava, isto o Amor já fazia comigo.E fazia bonito.E tudo ficou complexo demais, filosófico demais, racional demais, poético demais que eu pensaria no dia seguinte, talvez enquanto abrisse a porta da geladeira.

12 março, 2006

Talvez a gente não supere nada e derrame o nosso amor em seres normais fúteis e por raiva manteremos o ciclo dos casamentos feitos por medo da solidão ou algo parecido, caíremos na rotina e lembraremos da nossa história como um sonho, história de livro ou qualquer coisa do tipo irreal, inalcansável...Ou talvez isto que sinto agora não seja mesmo nada e quando nos lembrarmos disto no futuro riremos juntos.

08 março, 2006

Direitos...

A TETO SEM SER O CÉU
à cama sem ser a calçada
À COBERTA SEM SER O JORNAL
à moradia sem ser barraco

À COMIDA SEM SER LIXO
à água sem ser barro

À ROUPA SEM SER TRAPO
à sapato sem ser chinelo
A XAMPU SEM SER DETERGENTE
a crescer sem ser i n t e r r o m p i d o
A MORRER SEM SER INDI-GENTE

À ESCOLA SEM SER A RUA
a SeXo sem ser abuso
A AMOR SEM SER PENA
à atenção sem ser obrigação
A RESPEITO SEM SER HUMILHAÇÃO
a dinheiro sem ser es-mo-la
A SALÁRIO SEM SER OFENSA
a trabalho sem ser escravo

À ARTE sem ser PAGA
À CULTURA sem serTELEVISÃO
A CINEMA sem ser "SESSÃO DA TARDE"

À LIVRE ESCOLHA SEM SER MANIPULAÇÃO
à política sem ser ORDINÁRIA

A ATENDIMENTO MÉDICO SEM SER CAPITALISMO
À reprodução sem ser desorientação
À CRENÇA SEM SER LUCRO

À manifestação sem ser extermínio
À EXPRESSÃO SEM SER CENSURA
À opinião sem ser GUERRA

À SAÚDE SEM SER DOENÇA
à vida sem ser morte
A PÃO SEM SER FARINHA
a circo sem ser o PaLhAçO.


Quando???

(...)

01 março, 2006


Lápis B12 em papel canson virgem anos atrás...
minhas mãos até se esqueceram
de como se brinca de Picasso,Monet e Manet...